RELEASE
EVENTO: 36ª edição da Paixão de Cristo de Sorocaba.
DATA: 06 de Abril de 2012 (Sexta-Feira Santa).
HORA: 19h30min.
LOCAL: Parque dos Espanhóis.
REALIZAÇÃO: Associação Cultural da Via Sacra ao Vivo de Vila Assis.
RESUMO: A Associação Cultural da Via Sacra ao Vivo de Vila Assis, inscrita através do CNPJ 01.409.106/0001-06 e, devidamente amparada por leis municipais de números 5281 e, 4930 de 27/11/1996 e respectivamente 25/09/1995, há 36 anos realiza a Paixão de Cristo de Sorocaba, o maior e mais tradicional espetáculo da região, que retrata a vida, a morte e a ascensão de Jesus Cristo. O Parque dos Espanhóis é palco para o início do espetáculo que tão logo segue com a Via Sacra em procissão pelas ruas dos bairros vizinhos, como os de Vila Assis, Pinheiros, Barcelona e, Parada do Alto; o local para as cenas de crucificação e ascensão de Jesus Cristo também serão dentro do Parque dos Espanhóis, a beira do lago. O público estimado gira em torno de 20 mil pessoas entre crianças, jovens, adultos e idosos; o evento possui caráter ecumênico, não sendo, por tanto, pertencente a uma religião em específico, mais sim de todas, sem exceção.
História da Paixão de Cristo de Sorocaba
A Associação Cultural da Via Sacra ao Vivo de Vila Assis, inscrita através do CNPJ 01.409.106/0001-06, e devidamente amparada por leis municipais de números 5281, e 4930 de 27/11/1996 e respectivamente 25/09/1995, há 36 anos realiza o espetáculo a Paixão de Cristo de Sorocaba, uma das maiores e mais tradicionais encenações da vida, morte e ascensão de Jesus Cristo de toda região. Reconhecida como de utilidade pública o evento é integrante do calendário cultural da cidade e constitui parte importante do turismo Cultural Religioso de Sorocaba.
Em 1976 a Via Sacra era um evento modesto, tratava-se até então somente da procissão da Via Crucis que era realizado em torno da igreja de São Francisco de Assis. Era uma manifestação pequena, feita apenas para os fiéis que frequentavam a missa, possuía um público que no dia do evento até dobrava: 400 pessoas, que vinham de bairros vizinhos ao da Vila Assis, como os bairros do Barcelona, Parada do Alto e Pinheiros.
Fora da igreja eram montadas estruturas que supriam as necessidades básicas da procissão, havia um pequeno palco de 2m por 2m onde algumas cenas eram trabalhadas. As roupas nesta época eram bem simples, feitas de um tecido grosso (mata-borrão), que eram doados por algumas fábricas têxteis. As lanças, feitas de cabos de vassoura e as pontas feitas de papelão. Os cinturões também eram feitos de papelão e pintados de tinta-alumínio, já os capacetes, de cartolina, e por fim, cada integrante trazia materiais para auxiliar na confecção das peças.
A Via Sacra começou na igreja de Vila Assis em Sorocaba, por intenção do Frei Henrique Schween, um alemão que foi pároco durante muitos anos e faleceu em 2001. Frei Schween se interessou em fazer este evento com os jovens da paróquia, trouxe idéias, e junto com um senhor chamado João Ramires, montou a Via Sacra. A família de João Ramires foi uma das maiores responsáveis pelo crescimento da encenação da Via Sacra na Vila Assis. Nesta época, filhos, esposa e João Ramires sentaram com Frei Henrique e decidiram como aconteceria a Via Sacra, juntaram-se com os coordenadores dos grupos de jovens da época e montaram o primeiro evento denominado Via Sacra da Vila Assis, que até então não tinha este nome, era chamada somente procissão da Via Sacra.
Geralmente as Vias Sacras realizadas dentro das igrejas caminham até os quadros do martírio de Cristo e oram até passarem por todos os quadros da Vida, Morte e Ressurreição de Jesus Cristo, porém, a intenção de Frei Henrique era colocar esta manifestação como uma manifestação teatral e queria que fosse realizado na rua para haver a participação de toda a comunidade. O evento então começou a se desenvolver e ser encenado nas proximidades do Centro Social Urbano, um espaço feito pelo Governo do Estado e doado para a municipalidade de Sorocaba. Schween e toda sua equipe começaram a correr atrás de patrocinadores, este Frei, como pároco, exercia grande influência sobre a comunidade local, e então a partir disso, foram conseguidos melhores tecidos doados pela extinta empresa Barbero e outros materiais com a comunidade. Mesmo assim, entre 1976 a 1986, a Via Sacra não cresceu muito, mas, teve dois coordenadores muito competentes e criativos, Geraldo Bonassolli e Antonio Vicente de Almeida, que procuravam recursos, doações, e com isso, foram melhorando o visual do espetáculo. O evento em 1985 era realizado através de Megafone, Frei Henrique subia em um carro aberto e com o instrumento, literalmente gritava para os fiéis que vinham logo atrás do carro. Nesta época em torno de 1500 pessoas eram registradas como espectadoras no Morro do Garrido no bairro de Parada do Alto. Neste morro, eram realizadas as cenas de crucificação e ressurreição de Cristo, na época, não existia ainda sonoplastia, nem iluminação. As cruzes eram iluminadas pelos faróis dos carros que eram colocados de maneira estratégica no pé do morro. A empresa São João Transportes e Turismo emprestavam na época holofotes para melhorar a iluminação e facilitar a visualização das cruzes e da ressurreição.
Em 1987, Antonio Almeida conseguiu fazer um palco de 8m por 4m, todavia, não tinham cenários e as roupas ainda eram as antigas. Antonio na época pedia para que cada participante levasse de sua casa lençóis para auxiliar na confecção das peças que eram muito simples. Neste ano, a Via Sacra de Vila Assis contou com um sistema de sonoplastia e um pouco de iluminação, ainda precária, com dois holofotes de 1000 watts, porém, um grande passo para o evento.
O carinho e a presença do público eram notavelmente crescente, fiéis vinham de longe para pagar promessas, e a mídia local já começava a se fazer presente. No entanto, no ano seguinte, em uma reunião realizada pela organização do evento na paróquia, o grupo resolveu não fazer mais a Via Sacra, alegavam falta de recursos, e a igreja não tinha condições de assumir os custos. Os jovens que há anos mantinham a Via Sacra já não tinham o mesmo interesse por ela. Porém, um grupo de pessoas ainda acreditava que era possível continuar mesmo diante das dificuldades financeiras e assim melhorar a qualidade do espetáculo e torná-lo cada vez mais profissional. O grupo de jovens JUPAC (Jovens Unidos Pelo Amor de Cristo) teria um papel importante neste momento. Um dos integrantes deste grupo, Luis Wagner de Camargo Lemes, se interessaria, e então se disponibilizaria a dirigir o espetáculo. Lemes e mais alguns integrantes deste grupo de Jovem, tomaram a frente, e começaram a trabalhar para o evento.
A Igreja fez parte efetivamente do evento enquanto o Frei Henrique estava na paróquia, havia um respaldo total da igreja, então, os materiais utilizados para cartas, ofícios eram lá confeccionados. Porém, os anos se passaram e o Frei Henrique foi embora, veio outro em seu lugar, e a partir daí muitas coisas mudaram. O novo Frei não se interessava pelo espetáculo e a paróquia de uma maneira geral em virtude disso, foi se desligando. A Via Sacra caiu em decadência e em 1988 contava com um elenco de apenas 50 pessoas, o que não chegava nem perto do grande número de pessoas que eram parte do elenco. Com o empréstimo de um cilindro de gás ênix de uma multinacional, os efeitos especiais do espetáculo estavam em ascensão, porém, por falta de equipe, o cilindro foi roubado na mesma época, e um grande atrito entre membros da equipe foi gerado.
O grupo não possuía dinheiro para pagar o cilindro, abriram um boletim de ocorrência e tentaram negociar com o responsável pelo empréstimo, no entanto, o mesmo não quis conversa e foi logo cobrar da igreja o prejuízo tomado. A organização da Via Sacra então em reunião com a paróquia, se propôs a fazer festas e arrecadar fundos para a igreja caso a mesma pagasse a divida do cilindro, mas, no entanto, a igreja se recusou a pagar e a multinacional protestou a paróquia, o que lhe trouxe grandes problemas. Não se podia comprar mais nada em nome das igrejas, pois a empresa havia protestado a cúria que respondia a todas na época, causando assim um imenso desagrado da igreja para com o grupo. Então, resolveu-se que seria criada uma Associação com o objetivo de tornar a Via Sacra um evento independente da igreja católica, já que não era mais do interesse da mesma, manter o projeto e a situação se agravou depois do episódio do cilindro.
Em 1996, todos os interessados se reuniram na casa de um marceneiro que se disponibilizaria a ajudar o evento. Esmeraldo Barrili e outros interessados, jovens do JUPAC, Luis Wagner e então o vereador Horácio Blazeck, começaram a desenvolver a Associação. Blazeck, falecido em 2005, sempre muito confiante incentivou a equipe a se transformar numa instituição jurídica. Além disso, criou Leis para que a Via Sacra se beneficiasse com alguma ajuda financeira vinda da iniciativa pública. Em primeiro passo, promulgou a lei que tornaria a Via Sacra como de Utilidade Pública Municipal, que passando pela câmara foi aprovada. Em seguida, conseguiu uma verba da prefeitura municipal para a realização do evento, que para tanto, uma nova lei foi criada e aprovada pela câmara.
Nesta época o evento passou a se chamar Via Sacra ao Vivo de Vila Assis e assim denominada a Associação Cultural da Via Sacra ao Vivo de Vila Assis, com auxílio de verba municipal e, mais bem estruturada e amparada por leis municipais. O caminho sempre ascendente retrata um aumento expressivo de público que chegava a 25 mil pessoas segundo dados da Policia Militar e uma melhora significativa na sonoplastia, figurino, iluminação e condições para os participantes.
O tempo passou, e com isso os organizadores foram se modificando, porém, Luis Wagner, com o mesmo entusiasmo, continuava em busca de melhores condições para o espetáculo. Com novas idéias, observou-se a necessidade do evento a tempos não mais ligado a igreja ser visto como ecumênico, na equipe organizadora, membros de várias religiões participavam, e davam sentido ao rumo do ecumenismo. O evento possuía grande peso cultural, turístico, atraia pessoas de vários lugares e religiões e era um importantíssimo instrumento ecumênico de evangelização. Com isto, o espetáculo passou a ser reconhecido como a Paixão de Cristo de Sorocaba, e o Centro Social Urbano, aonde aconteciam os espetáculos, foi inteiramente reformado, transformando-se no Parque dos Espanhóis, aonde abriga hoje, o maior palco ao ar livre da cidade de Sorocaba e, onde é realizada a Paixão de Cristo de Sorocaba. Em 2009, um diretor coreógrafo passou a trabalhar junto a equipe organizadora, Márcio Gouveia e Luis Wagner, inovaram, criaram, recriaram e um novo espetáculo, mais bem elaborado foi produzido. Danças, cenários, roupas, iluminação, sonoplastia, um novo direcionamento, mexeu com a massa crítica Sorocabana que abriu mais uma vez os olhos para a importância destes eventos Sacro-Culturais para a cidade. Neste mesmo ano, a visita da atriz global Eliane Giardini, abrilhantou a história do evento que abriga em seus braços o espetáculo a Paixão de Cristo de Sorocaba.
O Parque dos Espanhóis é palco para o início do espetáculo que tão logo segue com a Via Sacra pelas ruas dos bairros vizinhos como Vila Assis, Pinheiros, Barcelona e, Parada do Alto. As estações ocorrem diante do público, e este assiste de perto os acontecimentos que mexem com as suas emoções. Desde 1996, toda imprensa Regional, como jornais, revistas, televisão e rádio dão total cobertura ao evento e, esta cobertura por sua vez, cresce a cada ano. A TV local filiada a Rede Globo, SBT, Rede Record, TV Cultura, na sexta-feira da Paixão, exibem reportangens e “flashes” ao vivo durante a programação. O mesmo acontece com as rádios, sites, blogs, TVs da Internet, Jornais, TVs Fechadas e outros meios de comunicação. Infelizmente atualmente o final do espetáculo não mais ocorre no morro do garrido, devido a construções que hoje estão rendo realizadas no extinto morro do bairro da Parada do Alto.
O término da encenação se dá com a crucificação e ascensão de Jesus Cristo nos dias de hoje, realizada à beira do lago do Parque dos Espanhóis, o que lhe proporciona uma charmosa contribuição visual somado aos efeitos de luz e som.
Nosso elenco é itinerante, todos os anos estes que em sua maioria são voluntários saem e entram, participam e deixam de participar, e sempre novos convites são feitos a estudantes, grupos de jovens e de igrejas. Nosso público é estimado pela Polícia Militar em torno de 25 mil pessoas entre crianças, jovens adolescentes, adultos e idosos; o evento possui caráter ecumênico, não sendo, por tanto, pertencente a uma religião em específico, mais sim de todas, sem exceção.